segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Zeca Baleiro: Maranhão, engenhosa mentira.
Saiu na Isto É de 1º de abril passado (edição 2055), no contexto do julgamento sobre a cassação do então governador Jackson Lago
Maranhão, engenhosa mentira
Não me espantará que num futuro próximo o Maranhão venha a ser chamado de “Uganda brasileira”
Zeca Baleiro*
O Maranhão é um Estado do Meio Norte brasileiro, um preciosismo para nomear a região geograficamente multifacetada que é ponto de interseção entre o Nordeste e a Amazônia. Com área de 330 mil km2, pleno de riquezas naturais, tem fartas agricultura e pecuária, uma culinária rica e diversa e uma cultura popular exuberante. Não obstante tudo isso, pesquisa recente coloca o Estado como o segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País, atrás apenas de Alagoas.
Sou maranhense. Nasci em São Luís, capital do Estado, no ano de 1966, mesmo ano em que o emergente político José Sarney assumiu o governo estadual, sucedendo o reinado soberano do senador Vitorino Freire, tenente pernambucano que se tornou cacique político do Maranhão, a dominar a cena estadual por quase 40 anos. De 1966 até os dias de hoje, são outros 40 anos de domínio político no feudo do Maranhão, este urdido pelo senador eleito pelo Amapá José Sarney e seus correligionários, sucedâneos e súditos, que gerou um império cujo sólido (e sórdido) alicerce é o clientelismo político, sustentado pela cultura de funcionalismo público e currais eleitorais do interior, onde o analfabetismo é alarmante.
O senador José Sarney, recém-empossado presidente do Senado em um jogo de caras barganhas políticas, parecia ter saído da cena política regional para dar lugar a ares mais democráticos, depois de amargar a derrota da filha Roseana na última eleição ao governo do Estado para o pedetista Jackson Lago. Mas eis que volta, por meio de manobras politicamente engenhosas e juridicamente questionáveis, para não dizer suspeitas, orquestrando a cassação do governador eleito, sob a acusação de crime eleitoral, conduzindo a filha outra vez ao trono de seu império. Suprema ironia, uma vez que paira sobre seus triunfos políticos a eterna desconfiança de manipulações eleitoreiras (a propósito, entre os muitos significados da palavra maranhão no dicionário há este: “mentira engenhosa”).
Em recente entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disparou frase cruel: “Não vamos transformar o Brasil num grande Maranhão.” A frase, de efeito, aludia a uma provável política de troca de favores praticada pelo Planalto atualmente – segundo acusação do ex-presidente -, baseada em jogo de interesses regionais tacanhos e tráfico de influências. Como alguém nascido no Maranhão, e que torce para que o Estado alcance um lugar digno na história do País (potencial para isso não lhe falta, afinal!), lamento o comentário de FHC, mas entendo a sua ironia, pois o Maranhão tornou-se, infelizmente, ao longo dos tempos, um emblema do que de pior existe na política brasileira. Não é de admirar que divida o ranking dos “piores” com Alagoas, outro Estado dominado por conhecidas dinastias familiares.
Em seus tempos de apogeu literário, São Luís, a capital do Maranhão, tornou-se conhecida como a “Atenas brasileira”. Mais recentemente, pela reputação de cidade amante do reggae, ganhou a alcunha de “Jamaica brasileira”. Não me espantará que num futuro próximo o Maranhão venha a ser chamado de “Uganda brasileira” ou “Haiti brasileiro”. A semelhança com o quadro de absoluta miséria social a que dois célebres ditadores levaram estes países – além do apaixonado apego ao poder, claro – talvez justificasse os epítetos.
*Zeca Baleiro é cantor é compositor.
Fonte: http://brasiliamaranhao.wordpress.com/2009/06/27/maranhao-engenhosa-mentira/
Ponto de Equilíbrio - Eu (Live at Rototom Sunsplash 2008)
Ponto de Equilíbrio - Eu (Live at Rototom Sunsplash 2008)
Eu paro agora pra falar
Que eu andava em confusão
Oi! Com o meu próprio EuVivendo desilusão
Olhei pra dentro de mimE vi o meu coração
Não querendo mais bater
Pedindo uma solução
Venceu a glória de Jah
Dentro do meu Coração
Venceu a glória de Jah
Mais uma liberta..
Libertação
Eu paro agora pra falar
Que eu andava em confusão
Oi! Com o meu próprio Eu
Vivendo desilusão
Olhei pra dentro de mim
E vi o meu coração
Não querendo mais bater
Pedindo uma solução
Venceu a glória de Jah
Dentro do meu Coração
Venceu a glória de Jah Jahh...
Pra onde
Ele me guia eu vou, Eu vou,
Eu vou
Meu Pai é meu rei, sempre me guiará
O Senhor é meu pastor, nada me faltará
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Sabotagem - Respeito É Pra Quem Tem
Deus Pai, Deus Filho, Deus Espíto Santo.Deus pode, Deus ordena, Deus cura, Deus Se Levanta.Espirito Celestial, virgem santíssima imaculada Conceição.Senhor do Bonfim meu Bom Jesus da Lapa que me livre de tudo quer for ruim, da praga do mau da inveja e da ambição.Quebra a força do inimigo nenhum deles vai poder me ofender, nem de noite nem de dia nem no fim do meio dia.Sete Anjos me acompanha, Sete velas me iluminam com as três velas bentas da Santíssima Trindade, ao Pai ao Filho ao Divino Espírito Santo!!!
(Ae irmão..)Sou da favela "tou" aqui Sabotagetem certos lugar ligeiro criminalidadeeu to de pé bum não arrisco o pescoço éda desgosto porque aqui não tem socorroé impressionante é tipo pirituba na mirantenão sou chinês, as vezes fumei, sou fumanteum câncer da sul humildade é minha leiaqui Sabotage não é viagem o que seientão vai faz sei que Jesus é a luza humildade é que conduz para que o rap reproduzo crime que não é creme eu faço parte tambémcada lugar um lugar cada lugar uma lei oksó não dever para ninguém porém eu sei
Respeito pra quem tem, pra quem tem, pra quem tem...é sempre assim na humildaderespeito é pra quem tem, pra quem tem, pra quem tem...Brooklin meu filho é assim ligeiro com a criminalidaderespeito é pra quem tem, pra quem tem, pra quem tem...meus truta curte rap é o somrespeito é pra quem tem, pra quem tem, pra quem tem...escuta pois Deus da o tomrespeito é pra quem tem, pra quem tem, pra quem tem...tem que ser pra vencer merecer, guerreiro de verdade
Ta cruel deus do céugosto do féu não é doce como meleu vejo um carro desenvolve a mil e sai....pelo o que fez os homens vão atráspor a mão no fogo pela lei não jamais sistema cãomandou meu irmão e vários pro jazdeixando tantos por ai tristes e infeliznão quero comentar mais vi e o que vi não quisnão deu para interferir somente redimirao fim que esta por vir ti não desacrediteé o apocalipse é o pastor Heregefinado Xó morreu metendo cano aquele tinha febrecabra da peste aos dezessete o da o desce (Heh)ficou no encanado comento o fato ate hoje relatocom Nonato um mano sujeito e bem conceituadode boa Jão tô sempre moringando e sei que vou alémpaz fraternidade sem tirar ninguém mais pode ter certezarespeito é pra quem tem pra quem tem...
Refrão...
E bola logo esse fininho, lembra?sentiu firmeza quero a paz aprecia o temasem medo de errar no muro eu vejo vários carasputs que raiva também só deixaram falhasem varias áreas vou no pião to no mundãohumildade aqui pode crê prevalece tem erro nãoé sabotage seu irmão Déda dizia um montão"ligeiro com os homens quem tem fragrante esconde"a casa cai sempre (huuu) maldade já se tem no pente o pávo pêlos becos se pá desapareço pois eu já sei qual é dos tirasentraram numas revista até mulherta pro que der e vier no extremoqualquer um é o suspeito não tem dó e nem respeitonegocia a qualquer dinheironinguém pode aguentar nem Supermanvi vários mano entrar tem pra ninguémna detenção se não achar o seu lugar sofre tambémae ladrão veja bem a qualquer a quebrada que estiveré assim também (Hei) respeito é pra quem tem...
Refrão...
Quero ao menos entender tentar viver a vidaestrela da periferia brilha a luz divinanão me safei perdão talvez não creio oknão sou a bola da vezmais vo fala que sim já dei uns doizimto devagar to satisfeito trombei meus parceirosde manha cedo lá na rua na intenção de um beck com a sedamais nessa fita já paguei mó perreinem me viu atento com tudo e com o nadaé óbvio nóis é nóis pode cre favelasem da guela favelaOu, mais se representar respeitar tudo bemrespeito é pra quem tem humildade tambémé daquele jeito faça com fé faça bem feitoHei vou depender do seu respeitobem atento rap tormentoacorda a mídia a fúria do titãn que riscasó louco na pista DBS e taldomingo normalvejo a fumaça subir vou na moralmais capaz de lutar sou tambémBrooklin sul pode vir mais respeite porémtem que botar fé na humilde okdo velozo ao quentinho é lei.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Jeito de Mato
Paula Fernandes
De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deit
Do regalo de terra que o teu dorso ajeita
E dorme serena, no sereno sonha
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita
Do mato, do medo, da perda tristonha
Mas, que o sol resgata, arde e deleita
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações
Sim, dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah..Ah...Ah...
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas ondas, águas do teu mar